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Apresentação
Publicado em 12/05/2014 às 15:14TRANSES
O Transes, Núcleo de Antropologia do Contemporâneo, foi criado em 2000 com o nome de Núcleo de Antropologia das Religiões (NUR), reunindo pesquisadores/as interessados/as em pensar as religiosidades como uma das temáticas centrais para se compreender a sociedade brasileira contemporânea e sua formação. Com a diversificação de suas linhas e projetos de pesquisa nos últimos anos, optamos por adorar uma designação mais abrangente, que abrigasse o conjunto de pesquisas e temáticas desenvolvidas: além de religião, gênero e teorias feministas, saúde, antropologia da pessoa e do sujeito, corpo, saúde e subjetividade, imagens e narrativas do contemporâneo, no projeto comum de realizar uma antropologia plural e atenta às questões do mundo contemporâneo. Entre as realizações, desenvolvemos diversos projetos de pesquisa, coordenados pelos pesquisadores/as vinculados ao grupo, cujos resultados têm sido publicações de artigos e livros e trabalhos de final de curso de graduação e pós-graduação. Além disso, pesquisadores/as do grupo participam de assessorias a apoio a implementação de políticas públicas e sociais nas áreas de pesquisa do grupo.
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Transes e INCT Brasil Plural convidam: Conferência de Christiane Veauvy – As proletárias saint-simonianas e sua herança. Entre ocultação e (re)descoberta de seus itinerários e escritos
Publicado em 12/05/2014 às 14:55Conferência: As proletárias saint-simonianas e sua herança. Entre ocultação e (re)descoberta de seus itinerários e escritos
Christiane Veauvy
(Maison des Sciences de l´Homme – Paris)
14 de maio, às 14h30, na sala 10 do Departamento de História/UFSC
Resumo: Saint Simon (Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint Simon, 1760-1825) foi, antes de mais nada, um homem de ação. Muito original, sua obra exerceu uma grande influência no século XIX, notadamente através do movimento saint-simoniano. No entanto, foi objeto de um tal desconhecimento que a primeira edição completa dos textos de Saint Simon data de 2012, pela Presses Universitárias de França (PUF, Paris). A ausência de definição única do saint-simonismo é um índice da pluralidade de questões que ele recobre (doutrina, laboratório de ideias, movimento complexo). A abordagem sobre esse movimento (1825-1870) tem como objetivo esclarecer em particular a emergência da “questão da mulher” (novembro de 1831).
As “proletárias saint-simonianas” (denominação que as próprias mulheres do movimento se deram em 1832) foram objeto de um grande recalque ao longo do século XIX, em particilar Claire Demar, demonizada (a mulher livre como uma mulher-monstro). O primeiro estudo consagrado às saint-simonianas – com ênfase naquelas que criaram o periódico La femme libre (1832-1834) foi publicado em 1926 por Marguerite Thibert, socióloga. Sua obra, ainda atual, se intitula O feminismo no socialismo francês de 1830 a 1850.
Na conferência, se buscará:
1) Ressaltar, em uma perspectiva sociológica, a diversidade interna do grupo de proletárias saint-simonianas e os itinerários de cada uma delas, dentro das possibilidades de reconstituição desses itinerários hoje;
2) Apresentar a massa impressionante de escritos que elas nos legaram, a partir de duas ou três linhas diretrizes;
3) Propor uma leitura da modernidade de certos pontos de vista feministas, que impedem qualquer abordagem linear da história do feminismo – exemplo do risco de aceitar a ideologia do progresso na pesquisa interdisciplinar requerida pela herança das saint-simonianas.
Christiane Veauvy é Pesquisadora Honorária do CNRS junto à Fundação Maison des Sciences de l´Homme (FMSH/Paris), doutora de Estado em Letras e Ciências Humanas e responsável atualmente pelo curso “Gênero, política, sexualidades(s). Oriente/Ocidente”, na FMSH). Tem uma vasta produção sobre as sociedades mediterrâneas, em particular sobre mulheres e feminismos nas sociedades mediterrâneas.
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I Colóquio Sujeitos e Políticas Públicas
Publicado em 10/03/2014 às 2:17O Colóquio “Sujeitos e Políticas Públicas” – organizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Brasil Plural (IBP), pelo Transes (Núcleo de Antropologia do Contemporâneo) e pelo LEVIS (Laboratório de Estudos das Violências), do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – reunirá pesquisadores do Brasil e da França, para refletir as possibilidades da articulação entre uma antropologia do sujeito e o estudo de políticas públicas. O evento será sediado na UFSC, nos dias 11 e 12 de março.
A programação será no auditório e no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC, com a participação do professor Marc Bessin – daÉcole des Hautes Études en Sciences Sociales(EHESS/Paris) – e de pesquisadores da PUC/RS e da UFRGS, além de pesquisadores ligados ao IBP, Transes e LEVIS da UFSC.
Programação:
11 de março
9h – Abertura do Colóquio, no miniauditório do CFH.
9h30min às 12h – Mesa-redonda “Sujeitos, moralidades e políticas públicas”.
Debatedora: Fernanda Bittencourt Ribeiro (PUC/RS)
Expositoras: Fernanda Cruz (doutoranda PPGAS/UFSC ) /Daniele Vieira (doutoranda PPGAS/UFSC) / Gabriela Sanchez Vásquez (doutoranda PPGAS/UFSC) / Tatiana Dassi (doutoranda PPGAS/UFSC)14h às 17h – Mesa-redonda “Biopolítica e poder da vida”, no miniauditório do CFH.
Debatedora: Sandra Caponi (UFSC)
Expositoras: Ana Paula Müller de Andrade (pós-doutoranda UFPEL) / Mirella Alves de Brito (doutoranda PPGAS/UFSC)18h – Conferência de Marc Bessin (EHESS/Paris), no auditório do CFH.
12 de março
9h às 12h – Mesa-redonda “Gênero, sexualidade e direitos”, no miniauditório do CFH.
Debatedor: Henrique Nardi (UFRGS)
Expositoras: Rose Gerber (EPAGRI/SC) / Heloísa Souza (doutoranda PPGAS/UFSC) / Isis de Jesus Garcia (doutoranda PPGAS/UFSC)14h às 17h – Mesa-redonda “Sujeitos e Políticas Públicas”, no miniauditório do CFH.
Fernanda Bittencourt Ribeiro / Henrique Nardi / Sandra Caponi
18h – Mesa de sistematização
Esther Jean Langdon / Sonia Maluf / Alberto Groisman / Theophilos Rifiotis